Saturday 29 December 2007

music is my life

Antes de vir para Londres eu escutava basicamente e unicamente música eletrônica.

Vivia baixando músicas novas, o tempo inteiro atrás de um som/conceito diferente que "tocaria minha alma".

Brigava com meus amigos que curtem psy, mas sempre me metia nas festas deles.

Quando cheguei aqui, ficava chocado no começo quando vi que as pessoas também escutavam e-music nos seus players e que tudo bem, não eram ETs [ou eram, mas tudo bem].

Quando ia nas baladas, via além de jovens, muita gente que dava para ver que tinham muitas solas de sapato já gastas. E que tudo bem também.

Depois de ver 24 Hour Party People é que caiu a ficha de que eles aqui escutam e-music e piram o cabeção com ela faz mais de 20 anos.

E que e-music é tão banal e básico que me deu vontade de escutar rock de novo.

Parece que aqui o rock faz mais sentido. As letras são tudo a ver com o que vivencio aqui. É uma opinião super pessoal e quem sente isso e vive pelos trópicos, ótimo. Coisa que eu não sentia. Talvez pela barreira linguística mesmo.

Nesse meu resgate, voltei a escutar várias bandas e também correr atrás do prejuízo, atrás dessas outras bandas que nunca dei bola e negligenciei durante todos esse anos.

Uma das bandas que descobri, depois de anos de negligência, foi Radiohead. O último álbum deles é tudo. Minimalista, relaxed, intenso e sério. Adoro.

Ontem estava vendo TV no madrugão e deu essa propaganda aqui. Uma coisa DIY:



Já comentei nesse post que o álbum estava à venda pela internet, inclusive a versão très chique em LP. Agora vai para as lojas. Na real todo mundo já escutou, e é bem isso que eles querem mesmo.

Continuo amando e-music. Não corro mais atrás da "batida perfeita", baixo um ou outro set de DJs que gosto. Saio bem menos que saía qdo estava no Brasil, mas agora quando saio, me dou ao luxo de poder escolher um DJ que gosto e de ter a certeza que vou escutar música de qualidade enquanto estiver pirando meu cabeção.

Aqui também tem muito club de música medíocre, onde as pessoas vão somente para pirar o cabeção [tem club com posto médico dentro]. Esses já fui muito e hoje dispenso.

Thursday 27 December 2007

jogo

A Isabela [que na real era para estar estudando para o vestibular], me passou um jogo online e decidi compartilhar com vocês:

Odeio jogo, video game e afins. Simplesmente porque quando começo não consigo parar e isso é uma perda de tempo gigantesca, coisa que não posso me dar ao luxo [simply cannot afford].

Mas esse jogo é daqueles simples e de usar a cabeça.

Wednesday 19 December 2007

Xmas Carols

Todos os meus Natais até ano passado sempre foram a mesma coisa.

Tias nervosas fazendo a comida. O tio já bêbado desde o almoço do dia 24. Os primos [me incluo] qdo pequenos, nervosos com medo do Papai Noel; já um pouco maiores, pra descobrir quem era o Papai Noel [normalmente era o tio bêbado]; e agora grandes já sem Papai Noel e quase acompanhando o tio bêbado [o tio continua imbatível, hors concours].

A Luciana com sua torta de milho. Mesmo qdo não participa do Natal, é representada pela torta de milho. A vó com a farofa inigualável. Eu e a Sabrina sempre responsáveis pelo sorvete de sobremesa.

Nos últimos anos, família muito católica, começaram com uma história de rezar e cantar "Noite Feliz". Eu fiquei famoso por me esconder no banheiro nessa hora.

Esperava-se todo mundo chegar para relevar o amigo-secreto. A Denise, noiva, sempre atrasava e todo mundo ficava abafado.

Depois entregava-se presente. Jantava-se. Meia-noite: "Feliz Natal". Ficava-se mais um poquinho.

Pegava o carro, voltava pra casa pq do lado é o Criciúma Club onde acontece tradicionalmente todo ano a Festa de Natal e onde todo mundo se encontra. Mesmo se conhecendo e na maioria das vezes não se cumprimentando.

Durante todos os anos da minha vida foi isso. Esse ano pela primeira vez não vai ser assim e por enqto tô achando ótimo [nada contra às coisas que citei, ou, contra só algumas].

É frio.

Ainda não vi nenhum Papai Noel pela rua, muito pouco pela TV [se bem que ele está na Harrod's desde setembro].

O que vejo é árvore de Natal, azevinho, renas, decoração de inverno [prometo bater fotos do Covent Garden Piazza com a decoração de inverno]. Como não temos 13. salário, as lojas entram em liquidação, e tem dias que não transita carros na Oxford Street, de tanta gente.

Não preciso ter que escutar o CD da Simone de Natal nas lojas/shoppings e durante a noite de Natal [trauma até hoje qdo trabalhava numa escola de inglês dentro de um shopping e tocava o bendito CD o dia inteiro], ou o jingle irritante de fim de ano da Globo.

Em vez disso, tocam-se os temas de Natal de todas as bandas legais que a gente conhece, e que qdo eu escutava que essas bandas lançavam essas músicas-tema, achava super jeca. Agora faz sentido e acho ótemo.

Hoje na Radio 1 houve toda uma polêmica pq eles botaram uma versão de Fairytale of New York editada sem a palavra faggot, que, segundo eles, no nosso contexto atual, era ofensiva. Nos USA que é bem ofensivo. Aqui vale mais como "cigarro" mesmo. Foi tanta reclamação que voltaram atrás. Isso tudo hoje. Mais infos aqui.

Acabo esse post com um dos hits de Natal aqui. Com direito a George Michael se pagando de macho e tudo [isso sim que é quase ofensivo no nosso contexto atual].

Wham! - Last Christmas

Monday 17 December 2007

mais um cafezinho?

Achei no blog do Radiohead.

Existem mais de 500 lojas do Starbucks e eles têm planos para chegar a 2000 em 2010 [eu sei disso pq já trabalhei numa loja]. Fora o Pret a Manger, Eat, Caffe Nero etc. É um a cada esquina.

Nesse site, tu digita o post code do Reino Unido e ele te mostra todos os cafés "non-corporate" perto de ti. Demais, não?

Adoro Starbucks, mas só de entrar numa loja, sentir o cheiro do café e das comidas e escutar a musiquinha irritante, já tenho arrepios.

Sunday 16 December 2007

lavazza

Às vezes um cafezinho é mais que um simples café

Monday 10 December 2007

Sunday 9 December 2007

Saturday 8 December 2007

place vêndome avec la décoration de noël

paris au sous-sol

Ando meio relapso por aqui, I know, sorry.
Aqui em Paris chove, venta, faz frio e os franceses são meio beges. Minha máquina estragou [se alguém não sabe o que me dar de Natal, já é uma dica], então sem registros fotográficos.

Passei aqui mais para dar um hello e só para compartilhar algumas coisas:
Site de um grupo de cataphiles e suas expedições pela catacumbas de Paris.

O subsolo de Paris é de calcário, e desde a Idade Média até o séc. XIX eles usaram todo esse calcário para deixar a cidade como ela é hoje [com os prédios tipo assim]. E deixou a Paris underground como um queijo suíço, com mais de 300[0?]km de galerias.

No séc XVIII, ossos de alguns cemitérios de Paris foram depositados lá, criando o Ossuário de Paris, aberto ao público em 1994.

No século passado foi usado para criação de cogumelos [os champignons de Paris].

Hoje é só para quem é macho mesmo a se atrever a ir lá. Dá o que falar.

Hoje qdo fomos pro Père Lachaise, uma mulher no metrô comentou que acharam mais de 20 cadáveres dentro do metrô, em portas que ninguém abria etc et al. Vai saber.

E uma coisa que adorei: os túneis do metrô são pichados!

Regardez:

Continuo preferindo Berlin, though. E vamos ver se realmente vou ao Rex Club cette nuit.

Saturday 1 December 2007

paris visite

Quinta-feira que vem às 2pm estarei em St Pancras [a piada de que todo francês que chegava de trem em UK descia na estação de Waterloo - bem com o nome da batalha que os ingleses venceram Napoleão - já não faz mais sentido], com destino à Paris.

Guia turístico comprado, anotações feitas, mapa da Galerie Lafayette [que é grátis e todo mundo usa qdo vai pra Paris] circulado com os pontos que quero ver dessa vez [já fui uma vez em 98 qdo morava na Dinamarca e fiz interrail pela Europa]. Falta só lavar as roupas que vou levar. Espero não exagerar na mala dessa vez, como sempre faço, já que vou ficar só 4 dias - um fim de semana alongado.

Ando acompanhando muito de leve o que anda acontecendo em Paris, para nem ficar me preocupando além do que já tenho que me preocupar.

Tenho o feeder do indymedia de Paris no reader e parece que eles vivem estado de sítio, numa guerra civil constante, de tanta informação de manifestações [já chamam de "manif" em francês, de tão corriqueiro que se tornou e de tão íntimos que já são da baguncinha] que eles botam lá diariamente.

Só para ter uma idéia, olhem a foto:


Punk, não?

A minha amiga Dai, que vai me receber lá [adoro ter amigos que moram em cidades ótemas], disse que agora tá tudo bem, metrô funcionando. Meio cheio de ficar com a cara colada no vidro várias vezes, mas pelos funcionando.

On y va quand même.

freshen up

Uma das coisas que me chamaram atenção é que todo banheiro de balada em Londres, tem um carinha ou mulher cuidando [99% africanos - não é 100% para não ser injusto com a minoria] e eles meio que montam um bazar em cima da pia, com perfumes, desodorantes, gel, cera pro cabelo, chiclete, pirulito e afins.

Se dá umas moedas, pode usar o perfume, desodorante, refaz o penteado com o gel ou cera [sempre tem os perfumes/ceras básicos como Le Male do Jean Paul Gaultier, o que tô usando agora], compra um chiclete e dependendo do troco pode até levar mais alguém pro reservado.

Eles sempre são os que dão o sabonete pra lavar a mão e o papel-toalha [já que aqueles secadores eletrícos são irritantes]. E tem uns que só te dão um único papel toalha se tu não dá uma moeda! Pode?!

Primeira vez que saí aqui, já no primeiro dia, no Freedom, Soho, tinha esse carinha lá [esse sempre tem um som no banheiro escutando Bob Marley] e me senti meio que na obrigação de dar uma moedinha. Só depois que a Sabrina e a Kalinka me falaram "não dá moeda não!". Amador total, mas a gente aprende.

Eles sempre ficam berrando "freshen up! freshen up!". Tem um na Fire que tem até auto-falante. Uns criam rima. Segunda fui no Tiger Tiger para despedida de um amigo e tinha um que cantava "no piss, no kiss/ no spray, no lay" e mais outras que não me lembro pq tava bêbado. Já tinha escutado essas antes mas não nunca lembro pelo mesmo motivo.

E aqueles caras que vão para uma balada, param no banheiro e ficam discutindo a situação político-econômica da Nigéria? Não dá.

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